AS VERDADES CONTIDAS NAS BRINCADEIRAS...

Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da plateia que sorria. (CHAPLIN).



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O GOVERNO DE CRISTO SOBRE AS EMOÇÕES



A nossa alma caracteriza-se pela razão (pensamentos), emoção (sentimentos) e vontade (desejos). A maturidade consiste na harmonização destas três dimensões para que haja equilíbrio numa personalidade saudável, feliz e frutífera. Vivemos, no entanto, numa realidade marcada pelo pecado não só nos indivíduos, mas nas estruturas sociais, econômicas e políticas que geram desequilíbrios e que afetam, principalmente, as emoções, gerando dor e sofrimento. Freud afirmou que a dor do mundo se torna quase insuportável para alguns, que precisariam do conforto de um remédio, droga, qualquer coisa, para sobreviver.

A palavra de Deus aponta para outra direção, aponta para Cristo, pois ele veio para que tenhamos vida abundante (João 10.10). Nele o reino de Deus se faz presente (João 1.14) e esse reino "não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14.17). A Palavra afirma que "o Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3.35-36). Portanto, na conversão genuína o rebelde se rende ao senhorio de Cristo e, sob o governo de Cristo, as emoções negativas mais fortes e doloridas transformam-se em sublimes sentimentos.

A tristeza se transforma em alegria. 
"Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria. A mulher, quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem. Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar" (João 16.20-22). A tristeza do cristão é dor de parto que gera alegria.

O medo se transforma em coragem. 
Não só os inimigos imaginários, mas os inimigos reais são vencidos pelo poder de Cristo. "Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós" (Romanos 8.31, 33-34). Portanto, nem tribulação, nem angústia, nem perseguição, nem fome, nem perigo, nem espada, nada poderá nos separar do amor de Deus (Romanos 8.35).

Os conflitos se transformam em paz. 
O resultado da justificação pela fé e da reconciliação com o Pai mediante o sacrifício do Filho é a paz com Deus (Romanos 5.1), com nós mesmos, com o próximo e com a natureza. Firmes nesta graça, "gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado" (Romanos 5.2b-5).

Quando estamos sujeitos à autoridade de Cristo, vivendo em unidade na comunhão fraterna, ele passa a ser "tudo em todos" (Colossenses 3.11b) e nos revestimos como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Perdoamo-nos uns aos outros como somos perdoados por Deus. Acima de tudo, revestimo-nos de amor, o vínculo da perfeição, (Colossenses 3.12-14), o mais sublime de todos os sentimentos, de todas as emoções, porque é o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus quando se sacrificou por nós (Filipenses 2.5-11).

POR: Mathias Quintela de Souza

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