"Senhor, para quem iremos? Tu tens as
palavras da vida eterna"
(João 6.68).
(João 6.68).
Por essência, nosso Deus é um comunicador. Toda a
sua criação fala a seu respeito: "Os céus proclamam a glória de
Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" (Salmo 19.1). Ninguém poderá alegar nunca ter ouvido
a seu respeito, "porque os atributos invisíveis
de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade,
claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio
das coisas que foram criadas" (Romanos 1.20).
Como se não bastasse isso, "havendo
Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho" Jesus (Hebreus 1.1-2), o qual "é a Palavra que se tornou
um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade" (João 1.14 -
NTLH).
Se ele é o grande comunicador, cabe-nos a tarefa de recebermos essa mensagem. Nossos ouvidos passam pelas seguintes dimensões:
A dimensão do ouvir:
Se ele é o grande comunicador, cabe-nos a tarefa de recebermos essa mensagem. Nossos ouvidos passam pelas seguintes dimensões:
A dimensão do ouvir:
Ouvir, no sentido figurado, está
mais ligado aos sentidos da audição, ao próprio ouvido, como a capacidade de
perceber sons, movimentos, barulhos. Nessa dimensão pode-se até discernir a
diferença dos sons, mas não seu significado. Daí o dito popular: "entrou
por um ouvido e saiu pelo outro". Quem só ouve é um agente passivo. Nem
todos os que ouvem sons, entendem o sentido daquelas palavras. Daí repetidas
vezes Jesus insistir que não bastava ter ouvidos (Marcos 4.9, 23; 7.16;
Apocalipse 2.7, 11, 17, 29; 3.6, 13, 22; 13.9). Muitos crentes têm ouvidos, mas
não "ouvem". São surdos, não pela deficiência auditiva, mas
porque não querem ouvir. Suas vidas não mudam não se deixam ser transformados
pelo Senhor. Aqui não se percebe o governo de Cristo.
A dimensão do escutar:
Escutar, por sua vez,
significa prestar atenção quando se ouve, dar atenção a, sentir, perceber. Quem
escuta retém o discurso do outro, por isso tem condições de responder,
tornando-se um agente reativo. Jesus declarou que "bem-aventurados
são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" (Lucas 11.28),
pois "todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e
as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a
rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com
ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a
rocha" (Mateus 7.24-25). Aqui
já se percebe o governo de Cristo. Contudo ele quer que prossigamos para uma
dimensão mais profunda.
A dimensão do auscultar:
Auscultar implica em
sondar, examinar, inquirir, interessar-se além da reação. Assim, quem ausculta
torna-se um agente proativo. É aquele que tem grande prazer em ouvir as
palavras do Senhor (Salmo 119. 16, 24, 47, 77, 92, 111, 143, 174), por isso as
busca com todo coração (Salmo 119.2; Mateus 6.33). Ele canta como o salmista: "como
suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a
minha alma" (Salmo 42.1); "A minha alma suspira e desfalece pelos
átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!"
(Salmo 84.2). Aqui
está a dimensão plena do Governo de Cristo sobre nossos ouvidos.
Fora do governo de Cristo, nossos ouvidos tornam-se enganosos, como está escrito: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas" (2 Timóteo 4.3-4). Sob o governo de Cristo, nossos ouvidos estão atentos e desejosos se ouvirem as palavras da vida eterna (João 6.68). Vamos consagrar nossos ouvidos ao Senhor "para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim" (Isaías 9.7).
Fora do governo de Cristo, nossos ouvidos tornam-se enganosos, como está escrito: "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas" (2 Timóteo 4.3-4). Sob o governo de Cristo, nossos ouvidos estão atentos e desejosos se ouvirem as palavras da vida eterna (João 6.68). Vamos consagrar nossos ouvidos ao Senhor "para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim" (Isaías 9.7).
POR: Rodolfo Garcia Montosa
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