AS VERDADES CONTIDAS NAS BRINCADEIRAS...

Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da plateia que sorria. (CHAPLIN).



sábado, 8 de outubro de 2011

COMO LIDAR COM AS CRÍTICAS



Quando criticados, geralmente temos uma dessas atitudes: responder ou ignorar as críticas. A verdade é que ninguém escapa das críticas. Elas vêm quando acertamos e vêm também quando erramos. A melhor postura deve ser aquela tomada pelo apóstolo Paulo: “Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo” (Gl 1.10). Isso é interessante, pois ninguém consegue agradar a todas as pessoas, mas é maravilhoso saber que podemos agradar a Deus.

A maioria das pessoas tem uma formação falha que as deixou feridas. Pessoas feridas ferem. É uma forma de dar vazão às dores provocadas por outros. Com as devidas exceções, a maioria das críticas são negativas, porque as pessoas são negativas. É mais fácil censurar do que elogiar, humilhar do que enaltecer. A Bíblia diz: “Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios” (Rm 12.10). E mais: “Tratem a todos com o devido respeito” (1 Pe 2.17). Isso não contraria o fazer críticas, pois elas têm o seu lugar, mas até para criticar devemos ter boas maneiras.

Quando nos dispomos a viver altruisticamente e ter uma vida piedosa (2 Tm 3.12), certamente seremos criticados. Os pioneiros quase sempre são alvos das flechas dos nativos acomodados a um sistema em geral bitolado e estéril. Os apóstolos de Jesus ilustram o que é viver para fazer diferença. Eram homens simples e iletrados, mas seguiram a Jesus com determinação, e isso lhes custou muito. Dez dos doze primeiros apóstolos de Jesus morreram como mártires. Precisamos ousar e sair da zona de segurança se queremos quebrar paradigmas e fazer diferença que permaneça.

Não devemos temer críticas. Se elas forem falsas, não terão poder contra nós. Se forem verdadeiras, devemos considerá-las e fazer as mudanças apontadas por elas. A melhor forma de viver é ser maleável, inclusive para ser criticado. Muitos demoram aprender como viver com flexibilidade. Quando atingimos esse patamar, temos alcançado um alto nível de maturidade na vida.
          
A ausência de críticas nem sempre é um sinal positivo. Pelo contrário, pode refletir nada mais do que um comodismo crônico ao meio no qual estamos. Muitas pessoas têm facilidade em usar o processo do mimetismo e se ajustarem ao que lhes é conveniente, para nunca serem diferentes, pois temem as críticas e não as suportariam, tal é a fragilidade moral e espiritual que adquiriram. Devemos considerar a fonte da crítica por vários prismas.   

 Às vezes a crítica vem de pessoas tão desqualificadas para tal, que ignorar o insulto pode ser a melhor atitude. Se a crítica vem de uma pessoa amiga, pode não refletir exatamente o sentido real do que foi observado devido a simpatia que a pessoa nos tem. Por outro lado, se a crítica vem de um inimigo, pode ser a melhor forma de apontar algo que não percebíamos.

A Bíblia diz que “o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho” (Hb 12.6). Isso nos mostra que devemos nos manter abertos para qualquer correção que o Senhor queira nos fazer, não importa quem usará o chicote. Deus pode usar qualquer instrumento que quiser para o nosso bem. Se perdermos o medo das críticas e começarmos a obedecer a Deus incondicionalmente, nunca mais seremos os mesmos, e em geral estaremos acima das críticas; e mesmo quando atingidos por elas, teremos a capacidade de Deus para lidar com elas como convém.

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