O processo de
catalogação em capítulos e versículos da Bíblia se deu com o passar do tempo,
assim como também a formação da Bíblia em si. No entanto, antes, para que isso
se tornasse possível, nos séculos VIII e IX, foi introduzido sinais de
pontuação, como ponto final, vírgula, ponto de interrogação e de exclamação.
Pois o próprio Codex Vaticanus comprova que nos manuscritos primitivos unciais
não havia separação das palavras e nenhum sinal de pontuação.
Uma vez assim, consolidada a estrutura dos textos bíblicos,
houve a necessidade de uma melhor praticidade na localização das passagens bíblicas.
Embora houvesse tido outras iniciativas de catalogação da
Bíblia, foi do trabalho de Stephen Langton (1150-1228) e Robert Stephanus
(1503-1559) que deu origem a Bíblia como a conhecemos hoje.
Stephen Langton, professor da Universidade de Paris, mais
tarde arcebispo da Cantuária, dividiu a Bíblia em capítulos em 1227. Mais
tarde, Robert Stephanus, impressor parisiense, acrescentou a divisão em
versículos em 1551 e em 1555. Este mesmo autor publicou em 1555 uma
concordância Bíblica, onde as citações seguiam essa numeração. Esta obra muito
contribuiu para que sua classificação fosse aceita. Até mesmo, estudiosos
judeus, desde aquela época, adotaram essa divisão de capítulos e versículos
para o Antigo Testamento.
O número de versículos da Bíblia pode variar entre as suas
traduções. Na versão King James, por exemplo, há 31.102 versículos, na versão
NTLH há 31.103 versículos, já na versão ARA há 31.104 versículos. Entretanto,
os textos originais em hebraico e grego, por sua vez, trazem um total de 31.171
versículos (21.213 no Antigo Testamento e 7.958 no Novo Testamento).
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