AS VERDADES CONTIDAS NAS BRINCADEIRAS...

Se você tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades, teria ouvido as verdades que eu insisto em dizer brincando. Falei muitas vezes como um palhaço, mas nunca desacreditei na seriedade da plateia que sorria. (CHAPLIN).



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AS MULHERES FUNCIONAM ASSIM... 02






2º Ponto
A natureza feminina está voltada para o emocional em primeiro plano. Não estou afirmando que a mulher é destituída de intelecto. Refiro-me à questão de que a emoção rege o funcionamento da mulher na maioria das vezes. Suas decisões passam por suas emoções. O coração se apresenta primeiro do que a razão na maioria das vezes. 

Então, no relacionamento familiar, a mulher requer do homem uma atenção ímpar. Ela necessita que o homem a coloque em primeiro plano em todas as suas atividades. Ela precisa de que seu marido a trate com gentilezas e carinhos. 

A esposa quer ouvir com frequência que o esposo a ama; que ela é mais importante em sua vida; mais importante do que sua mãe, seu trabalho, seu esporte preferido; mais importante, inclusive, do que os filhos. Toda mulher gosta de receber elogios, pois ela é atraída por aquilo que ouve, o homem é atraído por aquilo que vê. 

Dar presentes, levar ao restaurante, passear juntos, reafirma a necessidade que toda mulher tem de receber afetividade. Não importa o valor das coisas; o que importa é a intenção. Uma mulher não precisa de presentes caros, sua necessidade é de receber atenção do seu marido. 

Muitos homens dizem: "ela sabe que eu a amo”, mas não tornam isto visível em gestos, em atitudes. O homem acha que o desejo da mulher de receber carinho voluntário é frescura. Por não ser afetivo naturalmente, julga que a mulher também é assim. Pode ficar dias sem ouvir uma palavra de elogio, de bem querer. 

A mulher precisa ouvir de você, o cântico de seu amor. 

Como és formosa, querida minha, como és formosa! Os teus olhos são como os das pombas e brilham através do teu véu. Os teus cabelos são como o rebanho de cabras que descem ondeantes do monte de Gileade. São os teus dentes como o rebanho das ovelhas recém-tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais todas produzem gêmeos, e nenhuma delas há sem crias. Os teus lábios são como um fio de escarlata, e tua boca é formosa (...). 

POR: Pr Rudi e Pra Kátia 

AS MULHERES FUNCIONAM ASSIM... 01




O homem que pretende atingir sucesso no casamento não pode ignorar o mecanismo de funcionamento feminino. Existem necessidades femininas que são desafios à postura cultural machista da sociedade. Somos gerados para o egoísmo emocional, sexual e intelectual. Muitas carências da mulher são desprezadas pelo homem, por julgá-las fúteis e fruto de capricho. O que há, na verdade, é falta de conhecimento e sensibilidade do homem. Vamos discorrer sobre pontos que caracterizam necessidades básicas da mulher.

1º Ponto
Os conceitos apresentados pela pós-modernidade em termos de gerenciamento do lar é bastante elástico. Quero dizer, o modelo tradicional de família tem sofrido constantes mudanças. Hoje há mulheres que sustentam espiritualmente seus lares sozinhas.

Existem casos em que o marido é literalmente indiferente às questões espirituais, delegando o sacerdócio à mulher sem nenhum pudor ou problema de consciência com Deus.

Não obstante, meu caro leitor, não é assim que a Bíblia orienta a postura masculina frente à relação com Deus. O homem foi chamado para ser o sacerdote da casa. Isto é, aquele que busca Deus para orientar sua família. Busca a solução para os conflitos que se apresentam. Ora sem cessar até que haja uma resposta de Deus.

O homem deve ser a referência de leitura da Palavra de Deus para sua mulher e filhos. Deve ser o que mais sabe das coisas do Reino de Deus em sua casa.

Veja-se os casos do Antigo Testamento: os chamados aconteceram aos homens. 
Em Gênesis capítulo 3: 9-11, o qual relata o pecado do homem e da mulher, temos Deus buscando conversa com o homem, embora soubesse que fora a mulher quem comera primeiro do fruto:

"E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi".

Está claro que Deus estabelece um diálogo com o homem, interrogando-o por causa do esconderijo. A fala de Deus, quanto aos rumos da casa, ocorrerá sempre ao homem em primeiro lugar. Independe se ele é o culpado em si pelo fato. Ele é o responsável por sua casa. Cobra-se dele, portanto.

Então, meu leitor, a primeira necessidade de uma mulher é que seu marido tema a Deus e atraia sua presença para dentro do seu lar. Josué disse; "eu e a minha casa serviremos ao Senhor".

domingo, 30 de outubro de 2011

O HOMEM FUNCIONA ASSIM... 02





2º Ponto 
A estrutura masculina tem suas peculiaridades e é bom que se conheça o seu funcionamento biológico. Os homens possuem necessidade sexual acentuada, haja vista que Deus os capacitou a produzirem uma quantidade vasta de espermatozoides e os fez também portadores do gene que define o sexo dos filhos. Quando se fala de necessidade sexual, não se está apontando para uma postura machista. Fala-se de uma necessidade que biologicamente é comprovada.

 O homem precisa de sexo para que tenha boa disposição para suas atividades diárias. O sexo interfere diretamente em seu metabolismo. A atividade sexual proporciona ao marido uma descarga emocional que lhe alivia a tensão nervosa, melhorando seu humor. Veja biblicamente o homem é apresentado como o reprodutor da sua geração. Você já viu as genealogias na Bíblia? Na maioria das vezes, só aparecem nomes masculinos. Você já observou que Deus, quando se manifestava a alguém dizia: Eu sou o Deus de Abraão, Isaque e Jacó? Não se trata de machismo, mas de uma constatação de como as coisas foram constituídas por Deus, o qual vê o homem como o responsável pela prole de sua casa. 

O marido que estiver sexualmente bem resolvido funcionará bem, ou seja, estará contribuindo para a edificação de sua família.  Portanto, você, mulher precisa ter consciência desta verdade e deve procurar não negligenciá-la. Muitas mulheres, por falta de entendimento, não dão a prioridade devida às necessidades de seu marido. Usam como forma de vingança a rejeição sexual, dando desculpas como enxaquecas, cansaços e outras preocupações.

O homem, quando não tem suas necessidades supridas, fica à mercê das artimanhas do diabo, que usam mulheres para fazê-lo pecar. Quando o marido é rejeitado pela mulher quase sempre é cortejado por outras mulheres, que lhe estão próximas. As mulheres cristãs não são preparadas para a vida sexual, por acharem que o que envolve esse assunto não tem nada a ver com Deus, ou seja, é da carne. Toda mulher deve ler bons livros sobre vida sexual, conhecer suas sensibilidades íntimas e de seu marido. Criar ambientes propícios e tornar-se atraente para o seu marido.

 Observação: 
Não se está deixando de considerar a necessidade feminina de satisfação sexual. Principalmente, nos dias atuais, em que a mulher tem tido mais informação e formação a esse respeito. POR: Pr Rudi e Pra Kátia 

O HOMEM FUNCIONA ASSIM... 01



1º Ponto
Por mais que se fale nos dias atuais sobre igualdade de gêneros, masculino e feminino, e que se façam discursos apaixonados para que se mantenham direitos iguais, no Reino de Deus não é assim, pois há hierarquia. Veja: "E à mulher disse (Deus): Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará"       (Gênesis 3.16).

A palavra governo pressupõe hierarquia. Requer distinção de funções e de papéis. Ao homem Deus concedeu o governo da família. Existe, portanto, uma autoridade de governo que foi constituída por Deus. É um mandato divino.

Por mais que se queira dividir o governo familiar, em uma sociedade pós-moderna, não há negociação com o estabelecido por Deus. Não há democracia na direção visionária da família. O Senhor constituiu o homem por cabeça de seu lar. Delegou-se a ele tal autoridade.

Amado leitor, não se zangue. Os princípios de Deus são sempre justos e santos e preveem o melhor para os seus filhos e filhas. Não há nada de machismo ou tirania masculina. Existe um cuidado de Deus com a organização da família.

Amado leitor, não deturpe o princípio divino de autoridade com autoritarismo. A autoridade requer amor, carinho, zelo por aqueles que estão debaixo de nosso governo. O exercício da autoridade deve se revestir de pastoreamento.

Jesus, a quem foi dada toda a autoridade acima e abaixo da terra, descreve o bom pastor em João 10, afirmando que ele dá sua vida pelas ovelhas. Paulo afirma que o homem deve amar sua esposa como Cristo amou a igreja. 

Por conseguinte, amados leitores, a hierarquia familiar definida por Deus edifica o lar. Você, mulher, não deve ignorar este primeiro mandamento para que sua casa vá bem e prospere. Você, homem, não deve transferir sua autoridade familiar a ninguém, sob pena de perder toda sua família para o diabo.

Não se deve querer adotar os ensinamentos seculares para nossas famílias. Isto não dá certo. Contemplamos a queda da família secular diariamente na mídia, porque rejeita o princípio divino.

Homem, seja o rei de sua casa. Mulher, seja a coroa de seu marido.
Esta é a primeira necessidade do homem. Ele precisa ter liberdade de exercer sua autoridade no lar. A mulher sábia reconhecerá o princípio e se sujeitará a ele em amor.


POR: Pr Rudi

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

AS 95 TESES DE MARTINHO LUTERO




1ª Tese
Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: "Arrependei-vos", certamente quer que toda a vida dos seus crentes na terra seja contínuo arrependimento.
2ª Tese
E esta expressão não pode e não deve ser interpretada como referindo-se ao sacramento da penitência, isto é, à confissão e satisfação, a cargo do ofício dos sacerdotes.
3ª Tese
Todavia não quer que apenas se entenda o arrependimento interno; o arrependimento interno nem mesmo é arrependimento quando não produz toda sorte de modificações da carne.
4ª Tese
Assim sendo, o arrependimento e o pesar, isto é, a verdadeira penitência, perdura enquanto o homem se desagradar de si mesmo, a saber, até a entrada desta para a vida eterna.
5ª Tese
O papa não quer e não pode dispensar outras penas, além das que impôs ao seu alvitre ou em acordo com os cânones, que são estatutos papais.
6ª Tese
O papa não pode perdoar divida senão declarar e confirmar aquilo que já foi perdoado por Deus; ou então faz nos casos que lhe foram reservados. Nestes casos, se desprezados, a dívida deixaria de ser em absoluto anulada ou perdoada.
7ª Tese
Deus a ninguém perdoa a dívida sem que ao mesmo tempo o subordine, em sincera humildade, ao sacerdote, seu vigário.
8ª Tese
Canones poenitendiales, que não as ordenanças de prescrição da maneira em que se deve confessar e expiar, apenas aio Impostas aos vivos, e, de acordo com as mesmas ordenanças, não dizem respeito aos moribundos.
9ª Tese
Eis porque o Espírito Santo nos faz bem mediante o papa, excluído este de todos os seus decretos ou direitos o artigo da morte e da necessidade suprema
10ª Tese
Procedem desajuizadamente e mal os sacerdotes que reservam e impõem aos moribundos poenitentias canonicas ou penitências para o purgatório a fim de ali serem cumpridas.
11ª Tese
Este joio, que é o de se transformar a penitência e satisfação, Previstas pelos cânones ou estatutos, em penitência ou penas do purgatório, foi semeado quando os bispos se achavam dormindo.
12ª Tese
Outrora canonicae poenae, ou sejam penitência e satisfação por pecadores cometidos eram impostos, não depois, mas antes da absolvição, com a finalidade de provar a sinceridade do arrependimento e do pesar.
13ª Tese
Os moribundos tudo satisfazem com a sua morte e estão mortos para o direito canônico, sendo, portanto, dispensados, com justiça, de sua imposição.
14ª Tese
Piedade ou amor Imperfeitos da parte daquele qtie se acha às portas da morte necessariamente resultam em grande temor; logo, quanto menor o amor, tanto maior o temor.
15ª Tese
Este temor e espanto em si tão só, sem falar de outras cousas, bastam para causar o tormento e o horror do purgatório, pois que se avizinham da angústia do desespero.
16ª Tese
Inferno, purgatório e céu parecem ser tão diferentes quanto o são um do outro o desespero completo, incompleto ou quase desespero e certeza.
17ª Tese
Parece que assim como no purgatório diminuem a angústia e o espanto das almas, nelas também deve crescer e aumentar o amor.
18ª Tese
Bem assim parece não ter sido provado, nem por boas ações e nem pela Escritura, que as almas no purgatório se encontram fora da possibilidade do mérito ou do crescimento no amor.
19ª Tese
Ainda parece não ter sido provado que todas as almas do purgatório tenham certeza de sua salvação e não receiem por ela, não obstante nós termos absoluta certeza disto.
20ª Tese
Por isso o papa não quer dizer e nem compreende com as palavras "perdão plenário de todas as penas" que todo o tormento é perdoado, mas as penas por ele impostas.
21ª Tese
Eis porque erram os apregoadores de indulgências ao afirmarem ser o homem perdoado de todas as penas e salvo mediante a indulgência do papa.
22ª Tese
Pensa com efeito, o papa nenhuma pena dispensa às almas no purgatório das que segundo os cânones da Igreja deviam ter expiado e pago na presente vida.
23ª Tese
Verdade é que se houver qualquer perdão plenário das penas, este apenas será dado aos mais perfeitos, que são muito poucos.
24ª Tese
Assim sendo, a maioria do povo é ludibriada com as pomposas promessas do indistinto perdão, impressionando-se o homem singelo com as penas pagas.
25ª Tese
Exatamente o mesmo poder geral, que o papa tem sobre o purgatório, qualquer bispo e cura d’almas o tem no seu bispado e na sua paróquia, quer de modo especial e quer para com os seus em particular.
26ª Tese
O papa faz muito bem em não conceder às almas o perdão em virtude do poder das chaves (ao qual não possui), mas pela ajuda ou em forma de intercessão.
27ª Tese
Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório.
28ª Tese
Certo é que no momento em que a moeda soa na caixa vêm o lucro e o amor ao dinheiro cresce e aumenta; a ajuda, porém, ou a intercessão da Igreja tão só correspondem à vontade e ao agrado de Deus.
29ª Tese
E quem sabe, se todas as almas do purgatório querem ser libertadas, quando há quem diga o que sucedeu com Santo Severino e Pascoal.
30ª Tese
Ninguém tem certeza da suficiência do seu arrependimento e pesar verdadeiros; muito menos certeza pode ter de haver alcançado pleno perdão dos seus pecados.
31ª Tese
Tão raro como existe alguém que possui arrependimento e, pesar verdadeiros, tão raro também é aquele que verdadeiramente alcança indulgência, sendo bem poucos os que se encontram.
32ª Tese
Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.
33ª Tese
Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus.
34ª Tese
Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.
35ª Tese
Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.
36ª Tese
Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.
37ª Tese
Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.
38ª Tese
Entretanto se não deve desprezar o perdão e a distribuição por parte do papa. Pois, conforme declarei, o seu perdão constitui uma declaração do perdão divino.
39ª Tese
É extremamente difícil, mesmo para os mais doutos teólogos, exaltar diante do povo ao mesmo tempo a grande riqueza da indulgência e ao contrário o verdadeiro arrependimento e pesar.
40ª Tese
O verdadeiro arrependimento e pesar buscam e amam o castigo: mas a profusão da indulgência livra das penas e faz com que se as aborreça, pelo menos quando há oportunidade para isso.
41ª Tese
É necessário pregar cautelosamente sobre a indulgência papal para que o homem singelo não julgue erroneamente ser a indulgência preferível às demais obras de caridade ou melhor do que elas.
42ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, não ser pensamento e opinião do papa que a aquisição de indulgência de alguma maneira possa ser comparada com qualquer obra de caridade.
43ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos proceder melhor quem dá aos pobres ou empresta aos necessitados do que os que compram indulgências.
44ª Tese
Ê que pela obra de caridade cresce o amor ao próximo e o homem torna-se mais piedoso; pelas indulgências, porém, não se torna melhor senão mais seguro e livre da pena.
45ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que aquele que vê seu próximo padecer necessidade e a despeito disto gasta dinheiro com indulgências, não adquire indulgências do papa. mas provoca a ira de Deus.
46ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem fartura , fiquem com o necessário para a casa e de maneira nenhuma o esbanjem com indulgências.
47ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, ser a compra de indulgências livre e não ordenada
48ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa precisa conceder mais indulgências, mais necessita de uma oração fervorosa do que de dinheiro.
49ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos, serem muito boas as indulgências do papa enquanto o homem não confiar nelas; mas muito prejudiciais quando, em conseqüência delas, se perde o temor de Deus.
50ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa tivesse conhecimento da traficância dos apregoadores de indulgências, preferiria ver a catedral de São Pedro ser reduzida a cinzas a ser edificada com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51ª Tese
Deve-se ensinar aos cristãos que o papa, por dever seu, preferiria distribuir o seu dinheiro aos que em geral são despojados do dinheiro pelos apregoadores de indulgências, vendendo, se necessário fosse, a própria catedral de São Pedro.
52º Tese
Comete-se injustiça contra a Palavra de Deus quando, no mesmo sermão, se consagra tanto ou mais tempo à indulgência do que à pregação da Palavra do Senhor.
53ª Tese
São inimigos de Cristo e do papa quantos por causa da prédica de indulgências proíbem a Palavra de Deus nas demais igrejas.
54ª Tese
Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências, mesmo se o próprio papa oferecesse sua alma como garantia.
55ª Tese
A intenção do papa não pode ser outra do que celebrar a indulgência, que é a causa menor, com um sino, uma pompa e uma cerimônia, enquanto o Evangelho, que é o essencial, importa ser anunciado mediante cem sinos, centenas de pompas e solenidades.
56ª Tese
Os tesouros da Igreja, dos quais o papa tira e distribui as indulgências, não são bastante mencionados e nem suficientemente conhecido na Igreja de Cristo.
57ª Tese
Que não são bens temporais, é evidente, porquanto muitos pregadores a estes não distribuem com facilidade, antes os ajuntam.
58ª Tese
Tão pouco são os merecimentos de Cristo e dos santos, porquanto estes sempre são eficientes e, independentemente do papa, operam salvação do homem interior e a cruz, a morte e o inferno para o homem exterior.
59ª Tese
São Lourenço aos pobres chamava tesouros da Igreja, mas no sentido em que a palavra era usada na sua época.
60ª Tese
Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dado pelo merecimento de Cristo.
61ª Tese
Evidente é que para o perdão de penas e para a absolvição em determinados casos o poder do papa por si só basta.
62ª Tese
O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63ª Tese
Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos.
64ª Tese
Enquanto isso o tesouro das indulgências é sabiamente o mais apreciado, porquanto faz com que os últimos sejam os primeiros.
65ª Tese
Por essa razão os tesouros evangélicos outrora foram as redes com que se apanhavam os ricos e abastados.
66ª Tese
Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens.
67ª Tese
As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos.
68ª Tese
Nem por isso semelhante indigência não deixa de ser a mais Intima graça comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69ª Tese
Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda a reverência-
70ª Tese
Entretanto têm muito maior dever de conservar abertos olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não preguem os seus próprios sonhos.
71ª Tese
Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado.
72ª Tese
Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito.
73ª Tese
Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente.
74ª Tese
Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob o pretexto de indulgência, prejudiquem a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agir.
75ª Tese
Considerar as indulgências do papa tão poderosas, a ponto de poderem absolver alguém dos pecados, mesmo que (cousa impossível) tivesse deshonrado a mãe de Deus, significa ser demente.
76ª Tese
Bem ao contrario, afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo o menor pecado venial pode anular o que diz respeito à culpa que constitui.
77ª Tese
Dizer que mesmo São Pedro, se agora fosse papa, não poderia dispensar maior indulgência, significa blasfemar S. Pedro e o papa.
78ª Tese
Em contrario dizemos que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o Evangelho. as virtudes o dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1Coríntios 12.
79ª Tese
Afirmar ter a cruz de indulgências adornada com as armas do papa e colocada na igreja tanto valor como a própria cruz de Cristo, é blasfêmia.
80ª Tese
Os bispos, padres e teólogos que consentem em semelhante linguagem diante do povo, terão de prestar contas deste procedimento.
81ª Tese
Semelhante pregação, a enaltecer atrevida e insolentemente a Indulgência, faz com que mesmo a homens doutos é difícil proteger a devida reverência ao papa contra a maledicência e as fortes objeções dos leigos.
82ª Tese
Eis um exemplo: Por que o papa não tira duma só vez todas as almas do purgatório, movido por santíssima' caridade e em face da mais premente necessidade das almas, que seria justíssirno motivo para tanto, quando em troca de vil dinheiro para a construção da catedral de S. Pedro, livra um sem número de almas, logo por motivo bastante Insignificante?
83ª Tese
Outrossim: Por que continuam as exéquias e missas de ano em sufrágio das almas dos defuntos e não se devolve o dinheiro recebido para o mesmo fim ou não se permite os doadores busquem de novo os benefícios ou pretendas oferecidos em favor dos mortos, visto' ser Injusto continuar a rezar pelos já resgatados?
84ª Tese
Ainda: Que nova piedade de Deus e dó papa é esta, que permite a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não resgatar esta mesma alma piedosa e querida de sua grande necessidade por livre amor e sem paga?
85ª Tese
Ainda: Por que os cânones de penitencia, que, de fato, faz muito caducaram e morreram pelo desuso, tornam a ser resgatados mediante dinheiro em forma de indulgência como se continuassem bem vivos e em vigor?
86ª Tese
Ainda: Por que o papa, cuja fortuna hoje é mais principesca do que a de qualquer Credo, não prefere edificar a catedral de S. Pedro de seu próprio bolso em vez de o fazer com o dinheiro de fiéis pobres?
87ª Tese
Ainda: Quê ou que parte concede o papa do dinheiro proveniente de indulgências aos que pela penitência completa assiste o direito à indulgência plenária?
88ª Tese
Afinal: Que maior bem poderia receber a Igreja, se o papa, como Já O faz, cem vezes ao dia, concedesse a cada fiel semelhante dispensa e participação da indulgência a título gratuito.
89ª Tese
Visto o papa visar mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que revoga os breves de indulgência outrora por ele concedidos, aos quais atribuía as mesmas virtudes?
90ª Tese
Refutar estes argumentos sagazes dos leigos pelo uso da força e não mediante argumentos da lógica, significa entregar a Igreja e o papa a zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91ª Tese
Se a Indulgência fosse apregoada segundo o espírito e sentido do papa, aqueles receios seriam facilmente desfeitos, nem mesmo teriam surgido.
92ª Tese
Fora, pois, com todos estes profetas que dizem ao povo de Cristo: Paz! Paz! e não há Paz.
93ª Tese
Abençoados sejam, porém, todos os profetas que dizem à grei de Cristo: Cruz! Cruz! e não há cruz.
94ª Tese
Admoestem-se os cristãos a que se empenhem em seguir sua Cabeça Cristo através do padecimento, morte e inferno.
95ª Tese
E assim esperem mais entrar no Reino dos céus através de muitas tribulações do que facilitados diante de consolações infundadas.