Exercer liderança é fundamental e um desafio. Mais desafiante ainda é exercer liderança formando discípulos. Uma pergunta que não cala é: "Quando o discípulo está pronto?”. Há um ditado que diz: "Quando o discípulo está pronto o mestre aparece" Para sabermos se um discípulo está pronto, é importante se basear nesse princípio, pois quando começamos a nos ver na vida dos nossos discípulos, através de palavras, comportamentos, atitudes, formas de compreender situações, em suas respostas aos desafios da vida - podemos ter a certeza: Ele está pronto! Isso é um grande mistério, porque fazer discípulos de Cristo é algo muito mais profundo que imaginamos, pois nossos discípulos terão em si uma genética onde foi transmitido nosso DNA + DNA de Cristo. Ou seja, um discípulo está pronto na verdade quando vemos nele nossos traços e os traços de Jesus. Naturalmente falando. Uma criança sadia tem em si traços e características do pai e da mãe, no decorrer da sua infância ela absorverá o que for passado pela mãe e pelo pai. Há uma teoria que comprova que qualquer criança desenvolvida sem a presença do pai ou da mãe, por mais que tenha recebido uma forte educação, carinho, afeto, respeito, e tudo o que uma criança precisa, terá dentro de si algum tipo de "lacuna" que resulta da carência da presença de um ou de outro (o pai ou a mãe). Da mesma forma, espiritualmente falando nossos discípulos só serão sadios a partir do momento que olharem para nós e puderem absorver traços do pai Jesus) e da mãe (nós, a Igreja). Ou seja, se tentarmos fazer discípulos sem a presença do Pai, serão passadas somente nossas características, ou seja, formaremos alguém com nossas falhas, com nossas carências e mazelas. O que podemos edificar sem a presença do Pai? Uma pessoa que é fruto do esforço próprio e não de uma vida genuína de comunhão e intimidade com Deus. Em contrapartida, se fazermos discípulos somente com a presença do Pai, sem nos envolvermos, formaremos alguém com a carência da mãe (nós, a Igreja) e este, cedo ou tarde, apresentará dois traços:
1) não reconhecerá a mãe (Igreja e seus líderes)
2) buscará suprir essa necessidade longe da nossa companhia, seja dentro ou fora da igreja. Isso é interessante e nos leva a avaliar uma realidade: Como estão nossos discípulos? O que é visto neles? Se um filho é resultado da genética dos pais, de quem é a responsabilidade pelo DNA dos nossos discípulos? A responsabilidade é nossa (digo: é minha). O que vejo nas atitudes do meu discípulo?
* Se está muito parecido comigo e pouco parecido com Jesus: - preciso melhorar minha intimidade com Deus para que ele veja e receba mais de Cristo através de mim.
* Se está muito parecido com Jesus, mas não tem minhas características: - isso indica que tenho sido uma "mãe ausente", em breve haverá um órfão, filho de Deus, mas longe da vida da igreja. Cedo ou tarde rejeitará sua paternidade e já sabemos quem o adotará.
* Se está muito religioso, pode ter certeza que não se parece nem comigo e nem com Jesus: - é um mero religioso. Falta a presença do Pai por opção própria e a presença da mãe por omissão. Só é possível gerar filhos sadios através de intimidade com Deus - Sem isso, será impossível gerarmos discípulos. Quer melhorar seu grupo? Melhore sua intimidade com Deus. Meu discípulo não ora, não busca a Deus, não lê a bíblia. Eu só posso esperar que ele seja, o que tem recebido através da minha vida com Deus, antes dele, eu preciso melhorar meu DNA espiritual.
"Quando o discípulo ainda não está pronto, o mestre também aparece"
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